Criada em 2007 na França, Internet Sem Fronteiras (ISF) atua na defesa da liberdade da expressão online e apoia blogueiros, jornalistas e dissidentes políticos. Tem sede em Paris e está presente em vários países da África (Togo, Camarões, Benin). ISF criou sua sede no Brasil em 2013 para implementar seu primeiro projeto de Jornalismo Cidadão em escolas de Belo Horizonte. O projeto durou vários anos e teve os objetivos de incentivar a consciência crítica dos jovens em relação à mídia e possibilitar que adquirissem na prática um melhor entendimento sobre política, para que se tornassem cidadãs e cidadãos mais ativos.
Nos anos seguintes continuou trabalhando com projetos de mídia com jovens moradores de ocupações urbanas (projeto “Ocupa Mídia”) e professores (projeto “#MidiaNaEscola”). Também uniu-se a outras redes da sociedade civil, como o Fórum das Juventudes da Grande BH e o comitê mineiro do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), onde assumiu a secretaria geral durante quatro anos (2015-2019). Durante esses anos participou de várias atividades em defesa da comunicação pública no estado.
Ao mesmo tempo, atuou no campo dos direitos digitais. ISF luta por mais proteção da privacidade na Internet, por uma governança da Internet mais democrática e pela universalização do acesso à Internet. Acompanhou a mobilização da sociedade civil para a aprovação do Marco Civil da Internet e lançou, em 2014, uma campanha a favor do asilo do lançador de alerta Edward Snowden, mediante uma carta aberta à presidenta Dilma Rousseff. Iniciou, a partir de 2016, um trabalho de pesquisa inédito no Brasil sobre a governança dos cabos submarinos, que levou seus integrantes a participar de vários encontros nacionais e internacionais. Desde 2018 desenvolve também projetos sobre segurança digital e defesa dos direitos digitais com jovens, professores e organizações da sociedade civil no Brasil. ISF é membro da Coalizão Direitos Na Rede desde sua criação, em 2016.